terça-feira, agosto 31

Acordando com os Refugiados

Segunda chance

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que ao contrário do pai, não gostava de trabalho de nem de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com os amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto tivesse o que lhe oferecer, depois o abandonariam.
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela uma placa com os dizeres:
PARA VOCÊ NUNCA MAIS DESPREZAR AS PALAVRAS DE SEU PAI!
Mais tarde chamou o filho, o levou até o celeiro e disse:
- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual o seu futuro...
- Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais, e os bens para se sustentar e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos irão se afastar de você.
E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
É por isso que eu construi esta forca.. sim , ela é para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela.
O jovem riu, achou absurdo, mas para não contrariar o seu pai, prometeu e pensou que isso jamais pudesse ocorrer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo; mas, assim como havia previsto, o jovem, gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
Ah! Meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde demais!
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a ùnica coisa que lhe restava.
A passos lentos dirigiu-se até lá, e, entrando, viu a forca, a placa empoeirada disse:
- Eu nunca segui as palavras de meu pai, não pude alegra-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço e disse:
- Ah, se eu tivesse uma nova chance...
Então pulou, sentiu por um instante a corda apertou sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas e diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
ESTA É A SUA NOVA CHANCE. APROVEITE. EU TE AMO. SEU PAI.


A GRANDE CONQUISTA (2)